Consumo de conteúdo digital por crianças e adolescentes
Ainda que não se tenha uma ideia precisa do que é ou não saudável no que se refere ao consumo de conteúdo em Smartphones, pesquisadores temem alguns efeitos preocupantes. No Canadá, o mais recente estudo sobre um possível tempo seguro sob os aparelhos, acompanhou cerca de 2,5 mil crianças de dois anos. A pesquisa concluiu que o mais seguro é que crianças de até 18 meses não usem celulares.
Entre os adolescentes e pré-adolescentes o medo maior é a centralização das atividades, sejam elas individuais ou sociais, na tela do Smartphone. Ou seja, a sociabilização certamente é afetada e a falta de proximidade e convivência deixa de ensinar sentimentos importantes, como empatia, por exemplo.
A médio e curto prazo, os efeitos disso ainda são desconhecidos, mas se especula que uma criança deva ter acesso livre aos dispositivos somente após os dez anos de idade. Em seu canal do Youtube, a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa fala que esse tipo de consumo deveria se iniciar entre os 12 e 14 anos. “Primeiramente, porque para uma criança se viciar é muito mais fácil do que a gente imagina”, explica Ana.
A Royal College of Pediatrics and Child Health (RCPCH), instituição britânica, publicou algumas das diretrizes no início de 2019, sem estabelecer limites. Em vez disso, aconselha as famílias a se perguntarem: o tempo de tela na sua casa é controlado? O uso de telas interfere no que a família quer fazer? O uso de telas interfere no sono? Você consegue controlar o que a criança come durante o tempo de uso de tela?
O mesmo estudo também dá uma “cutucada” nos pais, quando diz que os adultos deve analisar quanto tempo permanecem diante destas telas e avaliar se dão ou não um bom exemplo de interação com estes aparelhos.
Para ter acesso à pesquisa, acesse The health impacts of screen time: a guide for clinicians and parents.