Apatia e Distimia
A apatia expressa uma grande falta de emoção, motivação, pouco ou nenhum entusiasmo, sendo um termo utilizado nas áreas da saúde mental para o estado permanente de indiferença. Nesse quadro, o indivíduo se sente incapaz de responder aos estímulos referentes à vida emocional, social ou até mesmo física.
A apatia clínica, por sua vez, é tratada como um tipo de depressão que está num nível moderado, mas faz com que a pessoa sinta um incômodo permanente que a impede de desfrutar da vida plenamente. A apatia, por vezes, pode estar maquiando sintomas da distimia que leva o indivíduo a não sentir qualquer entusiasmo e a enxergar quase sempre o lado negativo da vida.
Apatia provém do grego clássico apatheia. Páthos em grego, significa “tudo aquilo que afeta o corpo ou a alma” e tanto quer dizer dor, sofrimento, doença, como o estado da alma diante de circunstâncias exteriores capazes de produzir emoções agradáveis ou desagradáveis, paixões.
Sinais de distimia não devem ser ignorados, mesmo que pareça “ao jeito da pessoa”, “ela é mais introvertida mesmo”, “ela é assim desde pequena” e por aí vai. Os sintomas da distimia podem evoluir para quadros depressivos graves. Em razão disso, o conhecimento da doença, tanto para o profissional da saúde quanto para o paciente, em grande parte das vezes só vem à tona quando já evoluiu para um episódio depressivo grave.
A apatia e o mau-humor patológico – a distimia -, podem ser diagnosticados e tratados por meio de medicação, tal como antidepressivos receitados por um médico psiquiatra e, sinergicamente, acompanhamento com psicoterapia. Busca-se, assim, corrigir o equilíbrio dos neurotransmissores que atuam no humor e, com a terapia, trabalhar suas aflições e mecanismos de defesa de modo a reconfigurar sua vida na tentativa de devolver, ou desenvolver, o prazer pelas atividades.