O episódio psicótico agudo é uma emergência psiquiátrica que se caracteriza por uma alteração significativa na percepção da realidade por parte do indivíduo. O quadro se manifesta através de delírios, alucinações, agitação psicomotora, desorganização do pensamento e do discurso, e perda do juízo crítico. Quando ocorre um primeiro episódio agudo, pode ser sinal do início de um transtorno psicótico mais duradouro como a esquizofrenia, o transtorno bipolar ou quadros de depressão psicótica. No entanto, também pode ser causado por fatores orgânicos, como quadros infecciosos, traumas cerebrais ou até mesmo condições oncológicas.
Embora qualquer pessoa possa desenvolver um episódio psicótico, existem fatores de risco específicos que podem aumentar consideravelmente a incidência desta condição. Estes incluem o uso de substâncias, um histórico familiar de transtornos psicóticos, a presença de outra condição psiquiátrica anterior e até mesmo fatores sociais, como a imigração, por exemplo.
É importante ressaltar que, quando identificados precocemente, os episódios psicóticos agudos têm uma boa evolução clínica. Quando a origem do episódio é orgânica ou decorrente do uso de substâncias, é imprescindível tratar a causa subjacente e interromper o uso dessas substâncias. Para ajudar uma pessoa que está enfrentando um episódio psicótico agudo, é importante identificar uma mudança súbita de comportamento. Uma rede de apoio fortalecida e o contato urgente com profissionais especializados para a investigação clínica diagnóstica são fundamentais.
Em muitos casos, pode ser necessária a internação psiquiátrica hospitalar para a observação segura da evolução do quadro do paciente. O uso de medicamentos antipsicóticos é fundamental para a estabilização do quadro clínico. Muitos casos podem evoluir para diagnósticos definitivos em psiquiatria e necessitar de tratamento crônico, como no caso da esquizofrenia e do transtorno bipolar, como mencionado anteriormente.