O excesso de dispositivos digitais era motivo de preocupação mesmo antes da pandemia, entretanto foi naquele período de relativa reclusão que o número aumentou. A população jovem ainda parece ser a mais afetada, onde muitos profissionais da educação relatam perceberem um aumento de alunos que chegam à escola com sono e, quando questionados sobre o assunto afirmam não terem dormido antes das duas da manhã. No período de pandemia e isolamento, alguns jovens chegavam a passar de 14 a 16 horas em frente as telas diariamente. Os estudos mais apurados falam que três horas por dia de utilização de telas já causam um impacto negativo.
O principal fator que afeta o sono é o excesso de luminosidade, já que nossos olhos não sabem diferenciar o que é luz do sol e luz artificial das telas. Esse consumo até tarde tende a empurrar a hora correta de dormir, que conta com uma série de mecanismos para determinar o ciclo de sono.
O uso excessivo de telas afeta diretamente no aprendizado e na concentração, aliás, o prejuízo não se dá apenas nos jovens. O uso excessivo diante de dispositivos e computadores cria um terreno fértil para além dos distúrbios de sono, tais como problemas relacionados ao sedentarismo e obesidade, comportamento agressivo, miopia, estrabismo, problemas de audição, problemas de postura, déficit de atenção e dependência digital.
Reprodução do texto do canal Dra. Veronica Ciulla no Instagram
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