Adição psíquica, dependência química e dependência física
A dependência química tem início por meio da adição psíquica, o que se dá pelo impulso – seja ele consciente ou não – de fazer uso de determinada substância com o propósito de obter alívio imediato de suas tensões e provocar a sensação de bem-estar. Esse é um fenômeno cognitivo que leva o indivíduo a buscar de forma recorrente os efeitos iniciais do uso de determinada – ou várias – drogas.
“Adição” deriva do latim Addictus, que significa “escravidão”
A adição psíquica – conhecida também como dependência psicológica – age no cérebro produzindo um ou até mais efeitos, como a redução da ansiedade, diminuição da tensão, euforia, bem como outras alterações agradáveis do humor. Com o uso de algumas substâncias também tem-se a impressão de grande aumento da capacidade mental e física, mudanças na percepção sensorial a respeito da própria dependência em ação no doente. Entretanto, o uso de tais substâncias apenas maquia as reais causas do sofrimento psicológico desta pessoa, levando a entender que aquilo a está completando algum espaço, mas na verdade o está aumentando ainda mais, isso quer dizer, ampliando o problema.
Na dependência física, ocorre uma interpretação do organismo e uma posterior adaptação do organismo à droga consumida com frequencia. Sendo assim, quando o uso é interrompido o indivíduo passa a apresentar distúrbios físicos. Neste momento, significa para o indivíduo a perda do controle sobre o uso da substância, provocando o estado chamado de craving (em tradução livre — “ânsia”).
O tempo de uso de uma droga influencia de diferentes maneiras como forma de uso, constituição física da pessoa, assim como sua carga genética. De qualquer maneira, sabe-se que a frequência do uso e as quantidades elevadas, na maioria das vezes, leva o organismo a buscar meios de defesa para se adaptar às novas condições externas, mecanismo chamado de homeostase*. Ao preparar-se para este novo contexto, toda a vez que o organismo não é estimulado pela droga, entra em desequilíbrio, provocando a Síndrome de Abstinência. Neste estágio, novos ciclos tentem a se iniciar e a prevenção é o melhor remédio. Dependência química não tem cura, necessita tratamento permanente e atenção redobrada em recaídas.
*Homeostasia ou homeostase, a partir dos termos gregos homeo, “similar” ou “igual”, e stasis, “estático”, é a condição de relativa estabilidade da qual o organismo necessita para realizar suas funções adequadamente para o equilíbrio do corpo. (Wikipédia)
**vídeo produzido pela Cruz Vermelha Espanha.