Exaustão e a Síndrome de Burnout?
Síndrome de Burnout se refere ao esgotamento profissional, entretanto, seu surgimento é de cunho psicológico e pode ter relação com o ambiente de trabalho, ritmo e forma de trabalhar. O problema muitas vezes é confundido com estresse, porém, esse é apenas um dos sintomas presentes.
Considerado um dos grandes males da atualidade, o problema foi incluído em maio de 2019 na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde, utilizada para estabelecer tendências e estatísticas em saúde. Sua inclusão está no CID 10 como “Sensação de Estar Acabado” ou “Síndrome do Esgotamento Profissional”. A síndrome foi incluída, também, no capítulo de problemas associados ao emprego ou ao desemprego – código QD 85. Com sua classificação, os especialistas pretendem criar uma linguagem comum a todos e abrir um canal de troca de informações entre profissionais da saúde mental do mundo inteiro.
Os sintomas da Síndrome de Burnout podem ser tanto físicos quanto psíquicos – ou os dois -, podendo o indivíduo experimentar dores, cansaço, desânimo, apatia, falta de interesse, irritabilidade, alteração de sono e tristeza excessiva. Esses sintomas podem ser causados por acúmulo de tarefas, responsabilidades, exigência, pressões sofridas e alta demanda de trabalho. Os componentes principais desencadeantes da Síndrome de Burnout são o esgotamento físico e mental, sensação de impotência e falta de expectativas.
Síndrome de Burnout e Pandemia:
A pandemia tem exigido da população de todo o mundo diversos cuidados e sacrifícios com o propósito de frear a disseminação do vírus causador da Covid-19. Esse é um período que tem chamado muito a atenção dos profissionais médicos do trabalho e alertam para a necessidade de vigiar mais os sintomas durante este momento.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ao analisar estes impactos relacionados à pandemia e ao isolamento social no que se refere à saúde mental, apontam que cerca de 50% dos trabalhadores essenciais no Brasil e na Espanha, experimentam sintomas de ansiedada e depressão. Dos demais dados apontados, 44% passou a abusar de bebidas alcoólicas e 42% mudaram significativamente seus hábitos de sono.
Para alguns, a síndrome de burnout tem relação direta com o trabalho realizado em casa, o chamado “home office”. Um dos maiores problemas verificados nesse modelo é que pela proximidade da estação de trabalho, o indivídio tende a não parar completamente suas atividades.